Beira Mar - Palavra Primeira.
- Ruth Collaço

- 16 de mar.
- 1 min de leitura
Não temo os olhos que roubam
Tão pouco os lábios que julgam
Sou vida e carne, sou morte e choro
Não temo que oiças palavras alheias.
O dedo que apontas nas costas que viro
Bem sei que me rondas buscando a verdade
Aquela que é minha e a mim me pertence
Sou estória e intriga, não nego uma briga.
Confundes os passos que pensas que dou
Entregue à loucura, não sabes quem sou
Eu faço da farsa a minha verdade
E escondo do mundo o corpo que é meu
Eu nasço com o vento e como ele me vou
Rebolo na areia, canto à beira mar
Eu voo na proa da vida que escolho
E enfrento com o homem maré e calema
Defendo mulheres dos homens problema!
Eu chamo as Marias e grito p''lo Zé
...
Mas não me enfrentes
Nem queiras prender
A manha que tenho
P'ra te sobreviver!
Beira Mar




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